Como você está se sentindo?

Languishing

Como você está se sentindo? 

E com qual frequência você faz uma pausa, se desligando das inúmeras tarefas, compromissos e problemas para pensar sobre você mesmo?

Quando lhe perguntam “Como você está?”, você tem como resposta “Cansado” ou “Para ser sincero, não estou muito legal…”?  Se esse é o seu caso, seja bem vindo a um grande time!

Sim, essa sensação de apatia, cansaço ou até mesmo não saber dizer como está se sentido se tornou mais comum do que parece.

Passamos por um turbilhão de emoções com a chegada desta inesperada pandemia, que nos trouxe crises, perdas, drásticas mudanças, etc. Uma das principais consequências desses tempos são pessoas com seu emocional extremamente afetado, sentindo-se mais ansiosas, com medo. Além do aumento de casos de depressão e outras aflições mentais…

Mas o que gostaríamos de chamar atenção aqui é justamente para algo que muitos sentiram ou estão sentindo, mas de que pouco se fala: vazio, apatia, cansaço, esgotamento, ou aquela sensação de estar apenas “dançando conforme a música” sem nem ao menos parar para sentir algo.

O termo languishing foi criado pelo sociólogo Corey Keyes e descrito por Adam Grant em um artigo do New York Times.

E quais são as possíveis consequências do Languishing para sua vida?

Esse sentimento, quando presente, faz com que a pessoa viva com baixa energia, na maioria das vezes sem  motivação, atrapalhando também a sua capacidade de concentração e interferindo no desempenho das atividades. As evidências mostram que isso afeta diretamente a disposição para fazer as coisas, a qualidade do sono, as  relações sociais e, até mesmo, a produtividade pessoal.

Um dos principais problemas dessa “nova emoção” é que dificilmente ela é percebida como algo a ser reconhecido e trabalhado. E não cuidar disso pode trazer malefícios a longo prazo. 

As causas dessa nova emoção podem ser  situações como a perda – total ou parcial –  de partes importantes da vida que nos ajudavam a reenergizar e animar. Tais como:

  • Perda ou afastamento temporário de pessoas queridas, amigos e/ou familiares. 
  • Falta do contato humano, que passou a ser extremamente limitado. Nós, seres relacionais,  tínhamos como hábito a proximidade com outras pessoas, o contato, o toque, o abraço, e de uma hora para outra isso virou a primeira situação a se evitar. 
  • A ausência de algumas atividades físicas, eventos, reuniões, viagens, comemorações etc, que também não fazem mais parte de nossa rotina, ou não como antigamente, pelo menos. 

“Você sente (ou já sentiu) que está esperando para voltar a viver?”

Muitos de nós adaptamos e ressignificamos muita coisa, vivendo o chamado “novo normal”, mas ainda com aquela sensação de espera, na esperança de que tudo isso, que serve como energizante e conforto, volte a ser como antes.

E o que devemos fazer diante dessa sensação?

Primeiramente reconhecer o que está sentindo, ou até mesmo o fato de não conseguir sentir nada, encarar essa apatia emocional, sem tentar encobertá-la ou substituir por  ocupações paliativas. É preciso desenvolver a nossa autoconsciência e buscar olhar para dentro, procurar dentro de nós mesmos as possíveis causas do que pode ter nos levado a este estado de cansaço ou apatia, para poder então começar a entender a raiz do que está nos causando tal desconforto e dar novos passos no sentido de trabalhar as verdadeiras causas.

Uma das formas de elaborar essa autoconsciência é entender o que pode estar desencadeando esta emoção/sensação. Para isso pode-se, por exemplo, tirar um tempo para si próprio (a), fugindo das interrupções, distrações, tarefas do dia a dia.

Uma outra técnica, que comprovadamente ajudará nesta autoanálise e autoconsciência, é a prática do diário. Fazer pequenas pausas no seu dia para escrever sobre algo que queira, como por exemplo, alguma situação que te desequilibrou, ou algo que te fez sentir bem, motivos pelo qual está se sentindo grato(a) etc.

Nunca devemos descartar a possibilidade de pedir ajuda, conversar com pessoas da nossa confiança e, dentro daquilo que acreditamos, buscar ajuda profissional. Este que escreve este texto já passou por tudo isso e obteve auxílios fundamentais com psicólogos, Reiki, terapias energéticas e  acupuntura.   

Nessas horas, um bom amigo, conselheiro ou mestre também podem nos ajudar a compreender o que se passa e a encontrar conscientemente novos caminhos, atividades e significados para nossa vida. 

Para levar:

A intenção desse texto não é dar um diagnóstico e muito menos recomendar tratamentos, mas sim trazer à consciência um tema que pode estar perturbando muita gente. A mensagem final…

Ao percebermos que estamos sentindo este misto de emoções, mesmo que não pareçam ser em grau suficiente para pedirmos ajuda, devemos SIM dar uma atenção especial. Afinal, nós merecemos! 

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