Você não precisa “calçar os sapatos da outra pessoa” para exercer a empatia.
Muito se ouve falar sobre empatia como peça fundamental para uma boa gestão de relacionamentos, mas você já parou para pensar na importância que essa habilidade tem para a influência e tomada de decisão?
No mundo corporativo, você só terá sucesso se conseguir entender o que as pessoas desejam e precisam, para assim conquistar a confiança e agir de forma assertiva, seja ao tentar vender um produto, propor um negócio, adquirir novos parceiros e, principalmente, para gerenciar e propor novas formas de trabalho e projetos para sua equipe.
Quando falamos de empatia, provavelmente a definição que lhe vem à mente seja “colocar-se no lugar do outro”, o que não está errado, mas, na prática, empatia vai além disso.
Segundo a autora, Brene Brown, “A empatia consiste em quatro qualidades: a capacidade de assumir a perspectiva de outra pessoa; de afastar-se do julgamento; de reconhecer a emoção nos outros e de comunicá-la.”
Quando apenas “nos colocamos no lugar do outro” corremos o risco de tentar solucionar o problema, julgando o que ocorreu através da nossa perspectiva e, muitas vezes, sem realmente escutar, o que minimiza o sentimento alheio ou tenta tapar “os buracos” com pequenos curativos, invalidando o que a outra pessoa está passando.
E um dos segredos para a prática da empatia está na habilidade de escutar. Sim, estamos acostumados a ver cursos e conteúdos sobre oratória, mas raramente se ouve falar em “escutatória”, e é aí que pecamos muitas vezes.
As pessoas passam a confiar e ser mais receptivas à mensagem que você está transmitindo quando também se sentem ouvidas. Isso faz com que haja trocas mútuas e um real entendimento do que se precisa e do que está sendo ofertado, o que ajudará nas tomadas de decisão, na necessidade de influenciar as outras pessoas e na construção de relacionamentos duradouros.
E como desenvolver essa habilidade?
- Comece observando e escutando: ouça atentamente o que a outra pessoa tem a dizer e apenas observe os sinais que ela transmite através de expressões faciais e das demonstrações de sentimento. Somente preste atenção!
- Cheque a mensagem: após ouvir e observar, valide com a outra pessoa se o que você ouviu e percebeu está correto. Nomeie os sentimentos, por exemplo: “Fulano, ao te ouvir, eu entendi que você está passando por situação x, o que te deixou triste”…
- Identifique a necessidade: após saber o que a pessoa está sentindo, você deve tentar compreender do que ela está precisando. Tratando-se de sentimentos, muitas vezes ela precisa apenas de que você a ouça mesmo, ou de um abraço. E se estiver tratando de negócios, é neste momento que você deve pensar, estrategicamente, o que você pode oferecer que suprirá a necessidade daquela pessoa.
Todos nós temos as nossas particularidades, crescemos e somos ensinados em culturas diferentes, possuímos hábitos e realidades distintas, gostos singulares e você não precisa concordar ou gostar de cada um. Cabe-lhe apenas agir com respeito, abertura e curiosidade.
Cultivar a curiosidade sobre o desconhecido te ajudará a compreender cada diferença, escutando sem julgar, observando, entendendo principalmente qual a necessidade daquela pessoa e como você poderá agir diante dela.
A escuta empática é um desafio para você? Deixe suas dúvidas e/ou sugestões nos comentários e compartilhe este artigo com mais pessoas que você acredite que possam se beneficiar com ele 😉