Em nossos artigos anteriores já comentamos sobre o contexto da disrupção no ambiente de trabalho e como isso demanda lideranças preparadas para novos desafios. Para alcançar as habilidades necessárias em meio à transformação digital, posicionamentos diferentes devem ser adotados.
Mas, antes de tudo, é preciso entender quais são as habilidades necessárias. Uma pesquisa da DWG chamada “The Inside-Out Digital Leader” compilou uma lista com 8 habilidades consideradas essenciais para este novo conceito de liderança e 6 princípios importantes para o líder digital:
As habilidades:
- Alfabetização digital
- Visão digital
- Advocacia
- Presença
- Comunicação
- Adaptabilidade
- Autoconsciência
- Consciência cultural
Os princípios:
- Não mandar; conversar
- Desenvolver mentalidade digital: adotar as facilidades da tecnologia para liderar e reinventar o negócio.
- Ir além: fugir dos padrões e ultrapassar os limites da organização.
- Ser orientado por dados: adotar uma abordagem que utiliza dados concretos para a tomada de decisões e incitar que a equipe faça o mesmo.
- Arriscar-se: estar preparado para arriscar e experimentar.
- Empoderar a equipe: desencadear processos criativos que utilizem a transformação digital na organização.
Você pode fazer um teste dessas habilidades em nosso Quizz “Quão líder digital você é?”.
Hoje, queremos focar em um dos princípios, que é o “arriscar-se”. Estamos falando de uma liderança que precisa saber ousar, experimentar e errar. Tudo isso alimentado pela visão digital.
E um conceito importante surge quando falamos sobre experimentação na era digital: o moonshot thinking. Você já ouviu falar? Neste artigo, vamos te ajudar a entender o impacto do moonshot thinking nas lideranças das empresas.
O que é moonshot thinking?
Num contexto amplo, o pensamento moonshot é aquele que se incomoda com o que é impossível. Aquele que busca solucionar grandes desafios, de formas disruptivas. Em resumo, busca fazer o que ainda não foi feito.
São os pensamentos como o “tiro na lua” (tradução) que são responsáveis por projetos inovadores como carros automáticos, inteligência artificial e outras tecnologias que antes achávamos impossíveis. Uma das principais empresas propagadoras do moonshot thinking é a X Company, antiga Google X (conhecida como a parte disruptiva da Google).
Moonshot thinking na prática das lideranças
Normalmente, uma empresa quando pensa em aprimorar algo que está desenvolvendo pensa em 10% a 20% em relação ao ano anterior. Agora, se você se encontrar num cenário em que deve crescer em 10 vezes mais a produção da empresa, não será o mesmo processo, concorda?
Criatividade e inovação são o foco do moonshot thinking. Muitas vezes, temos que começar do zero para alcançar esse objetivo tão alto e isso impacta diretamente nas atitudes das lideranças.
A Afferolab, nossa parceira em aprendizagem, trouxe em um de seus artigos exemplos de atitudes do pensamento moonshot. Um deles foi quando, durante o mandato de John F. Kennedy nos Estados Unidos da América, foi decidido levar o homem ao espaço simplesmente porque se sentiam capazes de fazê-lo. Nas palavras de John F. Kennedy:
“Nós não sabemos ainda exatamente como faremos, mas faremos”.
Isso é ser uma liderança moonshot thinking. É o momento de sair da zona de conforto e entrar em processo de inovação, trazendo competitividade e sustentabilidade para o futuro da empresa e da equipe.
O importante é estar em um ambiente em que exista liberdade para arriscar e errar. E isso é inovação.Equipes em que a liderança se conforta em uma zona de segurança e não demanda de seus profissionais a ousadia, não chegam às novas soluções.
Exercitar o pensamento moonshot é desatrofiar a criatividade. E aí, que tal começar a dar tiros na lua?