Motivação no trabalho: 4 dicas para diminuir o turnover

Em nosso último artigo, Engajamento no trabalho: 3 motivos de desmotivação, comentamos o cenário que tem dado dor de cabeça para o RH, para o líder e para a empresa: baixos níveis de motivação no trabalho e altos níveis de turnover.

Como aumentar a motivação no trabalho?

Mas a boa notícia é que tem como melhorar esses números dentro da sua empresa à partir de hoje, com algumas ações que iremos destacar abaixo. Elas são a resposta para cada um dos motivos de baixa motivação no trabalho destacados no artigo anterior.

A resposta para os problemas relacionais

Os conflitos são gerados e evitados pelo mesmo motivo: falta de segurança psicológica. É o medo de ser julgado, de ser humilhado, de magoar alguém.

Por isso, é necessário criar um ambiente de confiança dentro do time. Para que, dessa forma, todos possam caminhar em uma jornada mais leve e equilibrada em direção à inovação.

Mas como fazer isso?

#1 Construa confiança

O feedback é uma estratégia importante de construção de confiança. Afinal, requer exposição, empatia, autoconhecimento e maturidade.

Criar um ambiente de confiança também prevê diminuir a competição, apoiar a resolução de problemas em conjunto e, principalmente, promover a co-criação.

Criar um ambiente de confiança é sinônimo de humanizar as relações:

  • Um lugar que seja possível errar sem ser massacrado ou humilhado, desde que esteja comprometido com o acerto.
  • Um ambiente que permita que o líder também erre e não possua todas as resposta sempre.
  • Um ecossistema no qual as emoções pessoais sejam entendidas, e não rejeitadas.

#2 Aceite a vulnerabilidade

Na prática, a vulnerabilidade significa a disposição de se expor, de se expressar de uma forma autêntica e franca, de correr riscos e realizar tarefas sem a garantia de um resultado.

Consequentemente, de colher os aprendizados e soluções mais inovadoras geradas a partir dessa atitude genuína.

Entenda mais sobre O poder da vulnerabilidade e reconheça o Poder da Coragem com Brené Brown. 

#3 Incentive a empatia

Nós vivemos em uma realidade totalmente baseada em nossas próprias experiências e em nossos próprios sentimentos. Nesse sentido, ter empatia é ser capaz se colocar na perspectiva da outra pessoa, compreendendo suas emoções e sua realidade.

A habilidade de se comunicar e entender as emoções uns dos outros é o segredo para manter boas relações e serve tanto para a melhora da comunicação quanto para a criação de soluções.

#4 Que os conflitos sejam produtivos

Para contornar essa situação, é necessário promover a comunicação entre as diferentes equipes, para que se conheçam melhor e possam criar confiança, amenizar a competição e promover a empatia.

Apresentar projetos para diferentes áreas e conviver com líderes do outro setor são atitudes simples que evitam sofrimento e resultam na ampliação da visão sistêmica e na criação de soluções conjuntas e inovadoras.

A resposta para uma liderança despreparada

Warren Bennis, consultor organizacional e um dos pioneiros nos estudos de liderança, acredita que

“o mito mais perigoso é o de que há um fator genético na liderança e que as pessoas simplesmente possuem ou não determinadas qualidades […]. Na verdade, acontece o oposto. Os líderes são feitos, em vez de nascerem líderes” (BENNIS, 2010).

Ou seja, o desenvolvimento da liderança é um processo acessível, porém longo e requer autoconhecimento, disciplina e desenvolvimento de novos hábitos e competências. Mas todo processo começa igual: do começo. E o começo, neste caso, é a humildade.

Conexões genuínas e liderança

Autocracia, tecnicismo e hierarquização, provavelmente não são as características de um líder influente. Pode até conseguir resultados, mas tende a não construir uma equipe satisfeita e engajada.

Os grandes líderes têm algo em comum: sabem reconhecer suas próprias fraquezas e, por isso, são mais compreensivos com aqueles ao seu redor.

Para torna-se um líder empático, é necessário começar com um esforço consciente para se colocar no lugar de quem está em volta. Rasgue rótulos, deixe os achismos de lado e busque a individualidade e humanidade do outro. Criando uma conexão genuína, expandimos nossa capacidade de compreensão e até mesmo melhoramos a resolução de problemas.

Veja um exemplo:

Marcelo trabalha há oito anos na mesma empresa e, por conta de sua experiência, é promovido. Agora, ele tem o dever de orientar um novo colaborador, João. Acostumado a realizar seu antigo trabalho com agilidade e rapidez, Marcelo se irrita com a as perguntas e interrupções constantes de João, tirando dúvidas sobre coisas que parecem óbvias.

Mas, por um momento, Marcelo se lembra que anos atrás chegou na empresa sem saber nada, e que aprendeu tudo graças à boa vontade de outro colega. Essa percepção renova sua paciência e faz com que ele passe a dar mais atenção para ensinar o jovem e repetir uma atitude que lhe fez bem no passado.

A resposta para a falta de equilíbrio entre a vida pessoal e profissional

É um grande mito dizer que as pessoas devem separar o pessoal do profissional. Somos todos humanos, no final das contas. Quando há problemas na nossa vida pessoal, isso inevitavelmente vai impactar nossa performance.

No entanto, há formas de lidar com isso. O importante é estar atento às dificuldades dos colaboradores e, geralmente, pequenos gestos já fazem toda a diferença.

Mas como identificar isso?

Portas abertas para feedbacks espontâneos, sem necessidade de esperar pela próxima reunião estruturada. Além de um simples “está tudo bem?”, que já pode fazer toda diferença.

À partir disso, é possível investir em benefícios, gerais e personalizados. Que podem envolver desde um PQT (Programa de Qualidade no Trabalho), até o ajuste de metas e horários de um colaborador que acaba de ter um filho.

Próximos passos para motivação no trabalho

Esses são apenas alguns caminhos para as situações mais comuns que mapeamos para aumentar a motivação no trabalho. Mas a verdade é que a comunicação é uma transversal para aumentar o engajamento. Manter as portas abertas, entender o que o colaborador espera, ouvir os seus desafios e entender como a empresa pode apoiá-lo para benefícios mútuos é uma etapa essencial.

Quer entender como uma jornada de aprendizagem pode te ajudar a desenvolver essa cultura? Fale com a gente!

 

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