Você também às vezes passa sem perceber por algo que é muito importante? Ou percebe que algo super relevante está acontecendo, mas em pouco tempo parece que aquilo ficou bem para trás, como se tivesse sido um sonho?
Um dos pontos centrais de um processo de aprendizagem é a energia que dedicamos à reflexão sobre as experiências pelas quais passamos. Essa é uma questão chave que explica o porquê de muitas pessoas passarem a vida procrastinando mudanças fundamentais que precisariam fazer. É também uma das razões por que vemos muitas empresas investindo em treinamento para seus colaboradores, gerando dúvidas e/ou frustrações quanto aos resultados efetivos.
Essas reflexões aqui sobre a autorresponsabilização pela própria evolução pessoal, na verdade, são para falarmos sobre o que todos nós vivemos em 2020 e o grande risco de passarmos meio batido para o “novo normal” que se estabelece, sem aproveitarmos melhor o potencial de aprendizado e transformação que este ano gerou em cada um de nós. Podemos ignorar essa oportunidade, ou por ter sido um experiência difícil, ou por simplesmente não termos o hábito da autorreflexão. Nesses casos, devemos tomar cuidado com a forma como interpretamos a prática da superação. Se quisermos superar desafios seguindo logo em frente, sem o(s) devido (s)momento(s) para o processamento da aprendizagem, podemos cair na armadilha de continuar repetindo os mesmos erros e/ou condicionamentos, apenas em cenários diferentes.
Você talvez já tenha percebido que o propósito deste texto é um convite para valorizarmos mais as pausas, para que recebam a atenção e a programação que merecem.
Quando estamos numa praia num feriado, é interessante observar como muitas pessoas chegam logo ligando som alto, fazendo festas, ou seja, trazendo sua agitação do cotidiano mesmo para o momento de pausa.
A ideia aqui não é criticar a opção de cada um sobre como usar seu tempo livre, apenas ilustrar que continuamente desperdiçamos oportunidades de fazer reflexões mais profundas, criar um espaço para silenciar e aprender. Não importa qual tenha sido o tamanho ou o tipo de crise que cada um de nós passou em 2020, existem mensagens que servem para todos nós, que vão além daquilo que cada um de nós viveu.
Quanto nossos valores e motivações pessoais estão claras? Quanto agimos de forma alinhada com esses valores?
A forma como vivo minha vida está fazendo sentido para mim, se eu colocar tudo isso numa perspectiva mais ampla? Meus hábitos e objetivos maiores contemplam o respeito ao planeta e ao restante da humanidade?
Quais mudanças posso / preciso fazer a partir de tudo o que vivenciei (vivenciamos) este ano para que eu possa sair de 2020 com a clareza de que tudo isso, por mais difícil que eventualmente tenha sido para cada um de nós, me tornou um ser humano melhor?
Desejo a você boas reflexões, boas escolhas sobre como aproveitar seus feriados (ou férias) e coragem para olhar para dentro com vontade. Que seu 2021 já esteja te chamando para colocar em prática o seu próprio “novo normal”.
Marinara
Ótimas reflexões! Que no meio desse ano extremamente desafiador, possamos ter nos fortalecido ainda mais com os nossos valores, ressignificando coisas que as vezes passavam despercebidas e aprendendo a lidar principalmente com nós mesmos e nossas emoções!