Conexão humana na era da transformação digital

Imagine que você está conversando com alguém ao telefone ou participando de uma reunião. De repente você começa a pensar na lista do mercado, em buscar o filho na escola, em uma tarefa pendente. Já aconteceu contigo? Qual é a qualidade da conexão que você tem estabelecido com as pessoas?

O que dizem os estudos sobre a qualidade da conexão humana?

Dois a cada três estudos sobre o profissional do futuro destacam a inteligência emocional ou o autoconhecimento. Boa parte das vezes as duas coisas.

Em meio a um mundo frenético de transformações, tecnologias e demandas exponenciais, as pessoas que mais vão se destacar e ter sucesso, por incrível que pareça, são as que se conectarem melhor com outros seres humanos.

E, apesar de tanta gente boa dizendo isso, a massa ainda está distraída e, parafraseando o autor Aldous Huxley, admirada com o mundo novo que se descortina.

Somos uma empresa focada em desenvolvimento humano e, portanto, conexão humana, há anos, em especial no ambiente de trabalho. Já tivemos contato com muitas possíveis formas de desenvolvimento pessoal para responder ao desafio de como se conectar melhor consigo mesmo e com quem está a nossa volta. De tudo o que vimos, as práticas de treinamento mental focadas no desenvolvimento da atenção plena são uma das formas que mais fazem sentido e das que trazem mais estudos científicos reiterando suas possibilidades.

Como, enfim, praticar mindfulness para melhorar a conexão humana?

Nos artigos anteriores falamos sobre o que é mindfulness e como a meditação pode te ajudar. Mas começar um novo hábito nunca é fácil, não é mesmo? Então nossa dica inicial é aprender um pouco mais sobre o assunto para começar. Faça um curso com algum especialista, leia um livro a respeito, o meu por exemplo. Recomendamos o livro “Atenção Plena”, do Mark Williams e do Danny Penman. Tem também uns aplicativos que ajudam iniciantes, tais como o Lojong (em português) e o Head Space (em Inglês).

Dicas para quem vai começar:

Bom, seguindo (ou não) nossas recomendações acima, temos mais algumas sugestões para te fazer:

  • Cultive sempre a atitude da generosidade consigo mesmo. Isso significa que, entre outras coisas, quando você perceber sua atenção sair do foco a que se propôs (a respiração por exemplo), você simplesmente nota isso e gentilmente traz sua atenção de volta ao foco. Essa coisa de ficar sem pensar em nada é mito! O objetivo aqui é treinar a atenção plena por um período (2 a 5 minutos por exemplo), trazendo sua mente ao foco toda vez que perceber que ela se distrai.
  • Transforme a atenção plena em um hábito. É simples! Defina um melhor momento para praticar e implemente na sua rotina diária. Se você começar com 2 a 5 minutos por dia, mantendo a prática por umas 3 ou 4 semanas, você já deverá começar a notar alguns benefícios. Depois de algum tempo de prática, vai se tornar tão natural quanto tomar banho: quando você não fizer, vai se sentir incomodado.

Por que esse treinamento é útil?

Com a prática de atenção plena você vai perceber também que pode melhorar e muito sua conexão com outras pessoas. Com isso, veja só, trabalhará melhor em equipe, expandirá relações colaborativas, se comunicará e liderará melhor.

E aí? Você acha que vale a pena parar no meio da correria e olhar também um pouco para dentro de você?

Daniel Spinelli – Empreendedor em Desenvolvimento de Pessoas, engajado em causas humanitárias, palestrante, meditante e surfista

Meus artigos anteriores sobre o tema:

Mindfulness, isso é para você?

Inteligência Emocional: como desenvolver na prática

Referências:

A Ciência da Meditação – Richard Davidson e Daniel Goleman

Admirável Mundo Novo – Aldous Huxley

Busque dentro de você – Chade-Meng Tan

2 respostas

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