Presenteísmo desafia líderes, liderados e exige treinamento

Presenteísmo, Garrincha e a final da Copa do Mundo

Presenteísmo é uma doença, uma distração, o que é? Ela afeta só as lideranças ou todo o corpo profissional?  Para explicar um pouco o fenômeno, vamos ao final da Copa do Mundo de 62, no Chile.

Os 68 mil torcedores no estádio não veriam Pelé, que  se machucou no início da competição. O rei, nesse caso, estava ausente por doença temporária.

Mas Garrincha estava lá, para atormentar o time adversário. Estava lá e jogaria com 39 graus de febre. Não estava completamente lá, portanto. Isso é presenteísmo: a pessoa está ali, mas não inteiramente. Corpo e alma estão mais ou menos no local de trabalho. O genial jogador conseguiu superar a questão. Mas, na maioria das vezes, isso não acontece. Garrincha driblou o presenteísmo, liderou o time e o Brasil foi campeão do mundo. Acontece que nem todos conseguem enfrentar e vencer o problema. E aí, quem perde é a produtividade.

Você sabe como o presenteísmo pode afetar empresas e carreiras? É o que vamos ver a partir de agora.

Presenteísmo, um fato …

De acordo com reportagem da revista INFRA Outsourcing & Workplace, atualmente um dos grandes males enfrentados pelas empresas é o presenteísmo. A publicação afirma que a questão  ocorre quando a pessoa está presente fisicamente, mas ausente mentalmente. É identificado naquelas situações onde o profissional cumpre sua rotina normal, mesmo passando por dificuldades como desmotivação, doenças, problemas familiares ou financeiros.

Análise sobre o presenteísmo …

O presenteísmo pode se manifestar através de diversos fatores, entre eles a depressão. Esse mal,  aliás, será (até 2030) a doença mais comum do mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). A especialista em Gestão de Pessoas, Tânia Matos, afirma que “estamos falando de uma pandemia multifatorial”. As causas do presenteísmo podem estar ligadas à qualidade das relações de trabalho e ao comportamento das lideranças. Outro fator é a própria saúde do colaborador, que tem mais propensão ao presenteísmo quando faz uso de medicamentos com efeitos neurológicos, exagera no consumo de álcool ou cigarro, ou é sedentário. Do ponto de vista da motivação, uma possível causa é o baixo nível de autodesenvolvimento, que pode gerar falta de perspectiva.

Reflexão para líderes atentos para as consequências do presenteísmo

Você, como um um líder atento à produtividade da sua equipe, pode e deve incentivar nas pessoas fatores como qualidade de vida, hábitos saudáveis e autodesenvolvimento. Fique atento, é muito importante, às necessidade de apoio psicológico e de estímulo ao crescimento profissional.

Em que intensidade as pessoas estão de fato presentes de corpo e alma e entregues ao que estão fazendo na organização? A atitude do líder, sua capacidade de observação e influência contribui muito nesse processo.

E agora,

3 perguntas

de um milhão de dólares

1) Na era da “falta de tempo” generalizada, em quanto por cento do seu tempo profissional, de corpo presente, você está de fato com a mente concentrada no que está se propondo?

2) Quais fatores influenciam seu nível de energia que geram entrega e concentração?

3) Como você pode influenciar nesses fatores?

Bons trabalhos, com mais presença integral, sua e da sua equipe.

Referência:
Revista INFRA Outsourcing & Workplace, nº152, abril/2013, pg. 62

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