Sustentabilidade: uma reflexão atualizada para profissionais atentos

Por: Marcio Simioni e Daniel Spinelli 

(Consultores de Desenvolvimento Humano da PS Treinamento Empresarial)

O tema da sustentabilidade há anos vem sendo debatido, discutido e explorado nos mais diversos meios e sob todos os prismas imagináveis. E nossa intenção neste texto não é chover no molhado do tema ou apresentar um posicionamento corretamente ecológico, e sim questionar a atitude do ser humano frente a este desafio.

Desde a revolução industrial até poucas décadas atrás, com a abundância de recursos naturais e escassez de pessoas com suficientes recursos financeiros no planeta, as empresas se preocuparam basicamente em maximizar lucros. Então o desenvolvimento tecnológico e a oferta de crédito propiciaram melhorias substanciais no nível de qualidade de vida da população em geral, começando pelos países desenvolvidos e estendendo-se, em um segundo momento, pelos demais. Aí chegamos ao crítico ponto no qual as variáveis mudam de lugar e, com o rápido e constante desenvolvimento de países antes tidos como pobres, temos escassez de recursos naturais e abundância de pessoas com recursos financeiros.

E é neste momento que o tema sustentabilidade surge e passa a ocupar lugar de destaque nas discussões entre líderes mundiais, nas notícias da TV, nas pautas das empresas e em tantos outros meios, já que o futuro das próximas gerações depende de um novo planejamento da utilização dos recursos que não são mais suficientes para suprir a enorme e crescente demanda. Fácil de perceber e assimilar a nova necessidade, no entanto, como otimizar/racionalizar/diminuir a utilização dos recursos naturais em um mundo com população em crescimento (precisando alimentar-se, vestir-se, morar, etc.), com taxas positivas de desenvolvimento social e humano e tudo isto sustentado por um sistema que depende do aumento constante do consumo para não entrar em colapso?

Se uma reflexão sobre o problema logo nos leva a um sentimento de impotência por nos sentirmos muito ‘pequenos’ dentro disto tudo, consideremos que o indivíduo está dotado de duplo poder dentro do sistema atual: 1. como consumidor, dependente dos recursos oferecidos pela natureza e transformados/processados pelas empresas; 2. como colaborador, agente dotado de poder de decisão dentro das grandes corporações, governos, etc. É neste momento que notamos que não apenas nossos hábitos de consumo, mas também nossas atitudes frente às demandas que surgem no nosso trabalho, podem determinar o futuro do planeta e das próximas gerações.

Como você tem tratado estas questões dentro da sua vida? Considerando a sustentabilidade como uma demanda geral e urgente da humanidade, quais são suas atitudes quando está no papel de consumidor e quando está no papel de agente de mudança no trabalho?

O êxito na conquista de um sistema sustentável não é um processo assentado apenas nas mãos dos governos e grandes corporações. Consideremos trazer o problema da sustentabilidade para o nosso domínio, já que somos os únicos capazes de resolvê-lo sem prejudicar todo o desenvolvimento humano e social alcançado até aqui. Acreditamos que a mudança precisa ocorrer aos poucos e de dentro para fora, começando pelo menor agente de transformação conhecido neste sistema: a pessoa.

PS.: Enquanto preparávamos este texto, circulou uma matéria que decidimos compartilhar com vocês, como exemplo de agente transformador: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2012/11/innovare-premia-procurador-que-ajudou-diminuir-desmatamento.html

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